sexta-feira, 28 de agosto de 2009

UNE e UBES são contrárias ao financiamento liberado às instituições privadas


Por que as faculdades privadas, que historicamente têm cobrado mensalidades abusivas dos estudantes, agora poderão ser financiadas com dinheiro público? Essa pergunta resume a indignação da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) com a notícia da concessão de uma linha de crédito para capitalizar as instituições de ensino superior privadas. "Isso mostra, mais uma vez, a necessidade da luta pela regulamentação das instituições particulares prevista no projeto de lei da Reforma Universitária da UNE, que está na Câmara. O Governo investir dinheiro público na universidade privada reforça o modelo atual, com o qual não concordamos", afirma Augusto Chagas, presidente da entidade. O financiamento referido é fruto de um protocolo firmado entre MEC e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na quarta-feira, 5, que prevê a concessão de cerca de R$ 1 bilhão às instituições de educação superior. "É um absurdo e não faz sentido o Ministério da Educação conceder capital de giro pra faculdade particular!", exclama Chagas, mencionando uma das modalidades da concessão. "O dinheiro público até poderia ser empregado na inadimplência, o que impediria que muitos estudantes parassem de estudar, mas o fundamental que a UNE tem defendido é que as universidades privadas quebradas devem ser imediatamente estatizadas”, completa.A medida é resultado do lobby das faculdades privadas que, conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, 6, vem agindo desde "fevereiro, quando o governo precisava ajudar as instituições para diminuir os efeitos da crise econômica"."Essa é mais uma faceta para maquiar a pressão que vem forçando o mercantilismo da educação", opina João Paulo Ribeiro, coordenador geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (FASUBRA). A entidade declara que é preciso denunciar isso para a sociedade. E, se uma disputa está acontecendo, é necessário mostrar que o outro lado também está na luta.Sem contar que justificar qualquer ação desse nível com a crise econômica é extremamente enganoso. O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Ismael Cardoso, lembra que recentemente o presidente Lula afirmou ter se arrependido de emprestar recursos às empresas com dificuldades financeiras, pois isso não impediu a demissão de milhares de trabalhadores. E completa com uma questão ao ministério: "MEC, como ficam os estudantes inadimplentes, que não conseguem pagar as mensalidades abusivas?", questiona Cardoso. Fato é que os mesmos empresários que na época da discussão da reforma universitária diziam que o Estado não tem direito de intervir nas instituições de ensino, agora buscam o mesmo Estado para socorrê-los. A UNE e a UBES farão pressão para que o crédito seja exclusivo para o pagamento de dívidas, além de gastos em infraestrutura, compra de equipamentos, qualificação de professores e fusões e aquisições, também previstos no acordo.Fonte: Estudantenet

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Anistia no Brasil





30 anos de Anistia no Brasil

Eventos comemoram os 30 anos de Anistia e reacendem os debates. A UNE exige que o Governo Federal abra os sórdidos arquivos da ditadura.

A UNE sempre esteve presente na luta em prol dos que foram presos, exilados e torturados durante o mais sombrio período da história brasileira: a ditadura. Com os 30 anos da Anistia, ainda há acertos para se fazer com esse sistema repressor, que dominou o país entre 1964 e 1985. No ano passado, a entidade foi a grande incentivadora da Caravana da Anistia, do Ministério da Justiça, participando ativamente de sua implantação.

Ações em torno do tema são debatidos freqüentemente, inclusive no sábado, 22, às 10hs, no Arquivo Nacional no Rio de Janeiro ocorrerá um ato comemorativo aos 30 anos de luta pela anistia no Brasil , organizado pela Editora Expressão Popular e a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Entre os dias 25 e 28 de agosto, no salão nobre da Faculdade de Direito da USP, acontecerá o Seminário Internacional de 30 anos de Anistia no Brasil: O direito à memória, à verdade e à justiça. Para saber mais informações sobre o evento acesso o site http://www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/.

Diversas conquistas foram alcançadas. O Ministério da Justiça divulgou informações recentemente sobre as anistias políticas da Guerrilha do Araguaia, que aconteceu durante a ditadura militar. O documento afirma que "a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu anistia política a 44 camponeses da região, que foram perseguidos pela repressão militar à Guerrilha do Araguaia".

Além de toda a mobilização na Caravana da Anistia, é uma exigência da UNE que o Governo Federal abra os sórdidos arquivos da ditadura. É direito de todo o povo brasileiro saber o que aconteceu de fato com as pessoas desaparecidas e torturadas durante os 20 anos de ditadura militar no Brasil.



Fonte: Do EstudanteNet

sábado, 15 de agosto de 2009